Como não amar o Uruguai? O “paisito” com cerca de metade da população catarinense, tem muito a nos ensinar quando o assunto são direitos individuais. No quesito estilo, também. A vibe easy chic, sofisticada na essência, mas sem pretensão alguma na apresentação, também encanta e é copiada mundo afora. É inegável: o uruguaio tem um estilo de viver encantador, super conectado com as coisas boas da terra e do mar evitando adornos supérfluos. São minimalistas.
O grande momento vivido pelo país, uma democracia estável que tem como garoto-propaganda o incontornável ex-presidente José Mujica, respinga também no turismo. Depois de ter passado décadas à sombra do vizinho maior e sua incensada Buenos Aires, o pais respira novos ares e recompensa muito bem quem decide passar férias por lá.
Os motivos para a visita são muitos: moradores muito afetuosos, bairros históricos com arquitetura preservada, novos e incríveis restaurantes, vinícolas e hospedagens, o melhor doce de leite, ótimos vinhos, carnes e frutos do mar, belas e charmosas praias e, agora, os melhores azeite de oliva do continente. Tudo aproveitado na maior segurança, na chamada Suíça da América do Sul.
Além de todos os prazeres hedonistas garantidíssimos durante uma temporada uruguaia, viajar ao país é também experimentar como seria morar em um local seguro, organizado, limpo e com liberdades individuais bem garantidas. E tão próximo que até dá uma esperança de quem um dia o Brasil chegue lá.
Nosso roteiro de carro pelo país durou sete dias e passou por Montevidéu, Punta Del Este e Punta Del Diablo, vila de pescadores quase na fronteira com o Rio Grande do Sul. Vamos às dicas?
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Dicas práticas
Uruguai de carro
De Floripa até Montevideo são 1,3 mil quilômetros, uma viagem tranquila se contar com uma parada – Pelotas é mais ou menos o meio do caminho. É preciso tirar a carta verde para dirigir no país, sua seguradora emite para você (custa cerca de US$ 130). Nos deslocamos de carro, mas quem preferir ir de avião para salvar tempo e estrada, pode alugar um carro chegando na capital para se deslocar pela cidade e também para passeios em outros pontos de interesse próximos, como Punta Del Este e Colonia de Sacramento. GPS é importante pois as estradas secundárias não são bem sinalizadas.
Pague com cartão
Normalmente evitamos usar o cartão de crédito em viagens por conta das taxa de câmbio aplicadas na fatura e as taxas de IOF, mas no Uruguai o uso é super indicado. Isso por que uma lei que beneficia o turista dá um desconto de quase 20% na conta paga com cartão de crédito ou débito. Compreende serviços gastronômicos prestados por restaurantes, bares, cantinas, confeitarias, cafés, salões de chá ou similares. Dica: libere com seu banco o cartão de débito antes da viagem e use normalmente no Uruguai, inclusive podendo sacar em dólar ou peso em qualquer caixa eletrônico por lá.
Os preços
Em relação às refeições, achamos os preços bem parecidos com os que pagamos em Floripa nos bons restaurantes. Normalmente, as entradas ficam entre 250 e 400 pesos, e os principais em torno de 500 pesos. Já os vinhos em taças (geralmente há uma carta de vinhos disponíveis em taca se você não quiser pedir a garrafa, ficam entre 100 e 250 pesos). Os preços até porem ser similares, mas a qualidade dos ingredientes e do serviço é bem superior no Uruguai. Quando viajamos, cada real equivalia a cerca de a 8,6 pesos, mas você nunca vai conseguir fazer o câmbio por esse valor. Em casas de câmbio em Punta, a melhor cotação que conseguimos foi de 7,7. Os próprios estabelecimentos aceitam real, dóiar ou peso. Vale perguntar quanto cada lugar paga pelo nosso real, às vezes até compensa para a conta em reais. O que achamos bem mais caro do que no Brasil é o café espresso (90 pesos – cerca de R$ 12, o cortado chega a custar R$ 18) e a gasolina.
Compras
Vi poucas opções de roupas de lã interessantes e com preços atrativos. As que vi eram made in China e não quis comprar. Então acabamos investindo em trazer azeites uruguaios (Garzon e O’33), vinhos (Bouza e também da Garzon) e doce de leite (no melhor é da marca Narbona). Uma dica: Narbona e 0’33 não estão no freeshop, então vale pena comprar durante a viagem.