O mercado de moda hoje é atravessado por várias novas questões: a revolução digital, a sustentabilidade, a tecnologia, a mudança na forma de consumo e os novos hábitos de vida.
Para entender como o consumidor catarinense se posiciona diante de novas tendências, o Sistema de Inteligência de Setorial (SIS) do Sebrae desenvolveu uma pesquisa inédita para conhecer os hábitos de consumo de moda no estado. O estudo foi realizado em formato de questionário online, com 15 questões específicas sobre o lançamento constante de novas tendências. 425 pessoas responderam a pesquisa, divulgada nos meios eletrônicos.
A maioria (36%) dos respondentes da pesquisa tem entre 18 e 29 anos. Em segundo lugar (34%), estão os respondentes com faixa etária de 30 a 39 anos, que fazem parte da Geração Y. 79% dos participantes são mulheres.
Comportamento geral e tendências de moda
Os consumidores catarinenses, de uma forma geral, gostam de se manter atualizados e buscam comprar o que está na moda (79,24%). Quando segmentado por gênero, verificou-se uma pequena diferença, visto que homens tendem a considerar um pouco mais os fatores antes de uma compra, do que as mulheres.
A maioria dos consumidores catarinenses ainda realiza compras em lojas presenciais de varejo (37,78%) e em lojas de departamentos (27,83%). Embora a compra online não seja a primeira opção, ela é um mercado crescente, e que atualmente já representa 21,54% das compras no mercado da moda.
Das pessoas que responderam, 68% afirma que acompanha tendências, o que significa que provavelmente buscam comprar produtos que estão na moda. Ao segmentar por faixa etária, verifica-se que o público entre 18 e 29 anos (38,41%) é o que mais acompanha as tendências de moda, seguido pelos de 30 a 39 anos (33,56%).
Os consumidores de moda estão atentos às tendências que surgem no vestuário (49%), seguido pelos calçados (31%) e acessórios (20%). Quando segmentado por faixa etária, verifica-se que o público de 18 a 39 anos é o mais atento à moda, independentemente do segmento, o que representa 70,88% dos consumidores que seguem as tendências.
Principais referências
Influenciadores digitais (38%) e especialistas em moda (37%) são as principais referências citadas pelos pesquisados quando se trata de tendências de moda. O público ouvido também acompanha fontes especializadas, como blogs e bureau de tendências, vitrines de lojas, televisão, séries e propagandas.
A Geração Z (18 a 29 anos) tem como maior referência os influenciadores digitais (55,34%). Blogueiras de moda, celebridades da internet e youtubers famosos são alguns exemplos. Já a Geração Y (30 a 39 anos) tem como principal referência os especialistas em moda (40,40%), que incluem personal stylists, estilistas e profissionais da área.
O público com idade entre 40 e 49 anos é o que mais usa fontes de referências de moda, como especialistas em moda (23,23%), amigos (21,74%) e celebridades (18,52%). O público de 50 a 59 anos se destaca ao informar que a família é a sua principal referência de moda (40%).
Meios para acompanhar tendências
Os consumidores se mantêm atualizados nas tendências de moda ao consultar informações em diversos meios. O mais popular é o Instagram (26,88%), seguido por blogs de moda (13,33%) e sites das marcas que o consumidor já utiliza (12,51%). Outros meios além dos citados também são consultados, como Pinterest (60%), catálogos (20%), vitrines e observações do cotidiano.
A maioria dos meios citados está associada à internet, mostrando que o consumidor catarinense está conectado. Em um contexto brasileiro, verifica-se que 66% da população tem acesso à internet e 62% são usuários ativos de mídias sociais. Dos que acessam à internet, 85% o fazem diariamente. Independentemente do equipamento, o tempo gasto na internet é de mais de 9 horas por dia.
Fatores que influenciam na compra e consumo consciente
No momento de comprar artigos de moda, pode-se dizer que uma série de fatores infuenciam a decisão de compra, como o preço (26,29%), o gosto pessoal (25,43%) e a qualidade (24,57%). Pode infuenciar também a durabilidade da peça (14,51%), a consciência social da marca (8,62%) e outros fatores como a ver com estilo pessoal, em acordo com a moda atual e adequado ao tipo de corpo.
Como forma de consumo consciente, os participantes da pesquisa responderam que procuram comprar apenas quando têm necessidade (25,94%), ao comprar, selecionam peças antigas para doar (22,79%), ou ainda procuram peças que tenham qualidade e durabilidade, além de evitar o descarte rápido das peças (19,64%).
É possível dar download da pesquisa completa neste link .