A cada ano cresce a consciência sobre a importância da prevenção do câncer de mama, graças principalmente a campanhas como a do Outubro Rosa. Talvez por isso, os diagnósticos tenham aumentado nos últimos anos e esse tipo de câncer tenha se tornado o segundo mais comum em mulheres, atrás apenas do câncer de pele. São 67 mil novos casos de câncer de mama descobertos por ano no Brasil.
Com consultório em Florianópolis, o mastologista Marcelo Rodrigues Prade, 34 anos, acompanha esse crescimento, inclusive entre mulheres mais jovens. Pacientes pós-menopausa, entre os 50 e 60 anos, representam a faixa etária com maior número de casos e tradicionalmente as mais atingidas. Mas essa realidade tem se modificado:
“No consultório percebemos um número crescente de pacientes com cerca de 40 anos e até menos com diagnóstico”, compartilha o mastologista.
Também especialista em Cirurgia-Geral e Reconstrução Mamária, Marcelo compartilha sete dicas e hábitos que podem ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama.
1 – Mantenha o controle adequado do peso. Alterações hormonais ocasionadas pelo excesso de peso podem provocar mutações nas células ou crescimento de células já alteradas;
2 – Mantenha uma atividade física regular (pelo menos 30 minutos, 3 x por semana);
3 – Invista na alimentaçao saudável, baseada em frutas e vegetais. Evite os embutidos;
4 – Evite a ingestão de álcool. A dose permitida diária é cerca de 12g, o equivalente a uma taça de vinho ou um chope, mas estudos recentes já mostram que mesmo consumido moderadamente, o álcool representa um fator de risco importante;
5 –Pare de fumar. O tabagismo leva a alterações na mama que podem potencializar o aparecimento do câncer de mama;
6 – Realize exames preventivos. Autoexame, consulta anual e mamografia (para mulheres acima dos 40);
7 –Amamente. Durante o período de aleitamento, as taxas de alguns hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer caem na mulher. Além disso, na amamentação também ocorre renovação de células que poderiam ter lesões, diminuindo assim as chances da doença. Quanto mais prolongada for a amamentação, maior a proteção para a mãe.
Laura Coutinho é jornalista com mestrado em Relações Internacionais. Já morou em Porto Alegre, Londres e Lisboa e é apaixonada por viagens, gastronomia, cultura e inovação. Trabalhou mais de 15 anos no Grupo RBS como repórter, editora, colunista e assinou coluna social durante um ano no Jornal Notícias do Dia. Hoje, concilia a produção de conteúdo em site próprio com o trabalho de relações públicas.